De quatro em quatro anos
De quatro em quatro anos
O rico se aproxima do pobre
Há um jogo de olhar
Um aperto de mão
Até abre o coração,
Quando ver que não tem como
Parte pra outra estratégia animal
"Solta as onça,os peixes e tudo vira carnaval"
Eles ficam sambando
E os pobres se ferrando
Cada vez vivendo mal
Esse é o país do carnaval
Então vamos pintar e bordar,
Porque é assim que eles querem que nunca aprendemos a votar e a não se valorizar,
Nasci em uma região vasta de capim
Mas não é alimentação apropriada pra mim, o índio perde sua terra
O negro sua liberdade
Onde está as políticas públicas que não chegam na Cidade?
Em busca de resposta fico a me perguntar
Quando vamos ter consciência e aprender a votar?
Poeta Zé do Sertão
Do seu livro Fragmentos