CANTEMOS
Cantemos! Cantemos
a canção
Do nosso próprio exílio
Pela imperfeição das
Décadas passadas!
Cantemos o grito
De solidão pelas horas
Vazias, de infortúnio,
Nossos dias!
Infortúnio da realeza,
Que se fartou e
Da pobreza,
Que a realeza proporcionou!
Palmas aos antecessores
Dessa terra, que hoje
Definha no seu tempo real!
De realidade prometida,
Há tempos.
Vanguarda infértil, que
Sangra seu povo, confinado,
Inserindo-o às noites escuras!
Como ratos, escondemo-nos
Pela insanidade e a ganância,
Dos antecessores!
Fujamos todos, os miseráveis,
Os calados e subestimados
Para o monte Calvário!
Entoemos um hino que seja
Nosso, cujo som se propague
Às multidões desesperadas e
Sem horizonte!
Avante!
Cantemos enquanto o tufão
Arrasa e se propaga em
Clamorosos gritos
Em febres ansiosas, por vida!
Mísera incoerência destrutível,
Sem escolha!