A DOR DA AlMA
Lamentável razão desconhecida,
Por qual andarilho cometa,
Escolha vagar entre as estrelas ribaltas
do sangue da terra.
Sem vínculo, sem compromisso,
Sem amor, sem destino, sem plateia.
Meio à multidão de espectadores,
Cortinas o cercam na solitude indígna,
Bastidores obscuros da vida.
Indigência d'alma perdida no
anonimato.
De dores tão sofridas de coração
amargo.
Do destino não restou tesouro.
Indignidade do nada aproveitar na
razão.
Nem o massagear do apagador na lousa,
Dos olhos pode livrar a sorte de tantos
tormentos.
Resta vaguear sem beira e sem teto,
Ao léu, perdido na ausência do brilho
dos aplausos.
(Mariaga)
Interação à poesia Vida Soturna do poeta Vilmar Donizetti Pereira.
Pintura de Blázquez- De Volta para Casa (2016) - Invisibles
Gratidão ao amigo poeta, Jacó Filho, por sua maravilhosa interação, reeditada.
SEGREDOS DA ALMA
Mergulhado no silêncio do meu quarto,
Minh'alma se redime e então se liberta,
E diz-me do segredo que cala a
floresta...
Conta motivos pros sonhos que guardo, Aproveitando se estou de mente aberta,
Pra por em dia os valores que preserva...
Desenha Deus na luz do meu
consciente...
Revisa meu dia e ajusta o peso do
fardo...
Parabéns! E que Deus os abençoe e os ilumine... Sempre...
(Jacó Filho)