Deus dos Ausentes

Saiba,

Que meu eu primitivo ainda é latente,

Sou consumido por raiva,

Ódio,

A ira quer se soltar,

Arrebentar as correntes.

O meu inconformismo,

Me faz ver versões diferentes,

Onde há fala bonita,

Figurões de terno e gravata,

Um tom de super poderes,

E que a história esconde,

São os iguais ao oposto,

Querem ganhar inocentes.

Vejo reações adversas,

O poder,

Mostra quem é prepotente,

Nós,

Elegemos donos,

Queremos cabresto,

Pra isso,

Mostramos os dentes.

Mas de repente a tragédia,

Tudo desaba,

E uma esperança renasce,

Quem é humano,

Vai para a linha de frente.

Cava,

Tirando os escombros,

Cuida,

Acolhe os feridos,

Doa,

Comida e abrigo,

Abraça,

Os que estão carentes.

Nessa hora,

Uma lágrima corre dos meus olhos.

Vejo o Deus agindo,

Peço perdão pela fraqueza,

E descrença.

Há salvação no humano,

E a fé aparece,

Quando tudo está ausente.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 25/02/2023
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