Deus dos Ausentes
Saiba,
Que meu eu primitivo ainda é latente,
Sou consumido por raiva,
Ódio,
A ira quer se soltar,
Arrebentar as correntes.
O meu inconformismo,
Me faz ver versões diferentes,
Onde há fala bonita,
Figurões de terno e gravata,
Um tom de super poderes,
E que a história esconde,
São os iguais ao oposto,
Querem ganhar inocentes.
Vejo reações adversas,
O poder,
Mostra quem é prepotente,
Nós,
Elegemos donos,
Queremos cabresto,
Pra isso,
Mostramos os dentes.
Mas de repente a tragédia,
Tudo desaba,
E uma esperança renasce,
Quem é humano,
Vai para a linha de frente.
Cava,
Tirando os escombros,
Cuida,
Acolhe os feridos,
Doa,
Comida e abrigo,
Abraça,
Os que estão carentes.
Nessa hora,
Uma lágrima corre dos meus olhos.
Vejo o Deus agindo,
Peço perdão pela fraqueza,
E descrença.
Há salvação no humano,
E a fé aparece,
Quando tudo está ausente.