O menino e a Loja Americanas
O menino e a Loja Americanas
Félix Maier
Era um menino pobre, sem dinheiro para gastar.
Na Loja Americanas ele ia furtar
Barras de chocolate, que eram sua perdição.
O valor já passava de vinte reais, sem hesitação.
A Americanas, onde sua mãe costumava passear,
Era um lugar onde o menino não podia comprar.
Mas a tentação era grande e ele cedia à vontade.
E, assim, sua conta no vermelho começou a se acumular.
Aos poucos, as Lojas Americanas começaram a afundar
Em uma dívida colossal, muito difícil de pagar.
Até investidores do ramo cervejeiro perderam o traquejo,
Ninguém parecia notar que a vaca estava indo para o brejo.
Mas o menino, mesmo pequeno, entendeu a situação.
Que a loja que ele roubava precisava de solução.
Então decidiu agir, com imaginação,
Mesmo que fosse uma pequena contribuição
Revolveu pagar, com dinheiro do farol, o que havia furtado.
Mesmo que fosse ilegal, queria pagar, estava tratado.
A loja ficou surpresa, com essa atitude inusitada.
Mas o menino insistiu, sua palavra estava dada.
Após alguns impasses, a loja finalmente aceitou.
Emitiu a nota fiscal, e o pagamento confirmou.
O menino ficou feliz, com sua consciência em paz.
E a Americanas agora pode se reerguer, se for capaz.
Atualmente, a loja pode respirar aliviada,
Pois a dívida do menino foi saldada.
Mesmo que seja apenas vinte reais,
O gesto do menino foi nobre, e a todos deixou em paz.
Uma lição valiosa aprendida pelo menino,
Que mesmo quando pequeno pode fazer um caminho fino.
Que não é só com palavras que se faz a diferença,
Mas com atitudes dignas, que acordam a verdadeira consciência.
O menino aprende que nem sempre o que é fácil é certo.
E que nossas ações podem ter um efeito incerto.
Mas quando fazemos o que é correto, podemos dormir em paz.
E deixar qualquer sentimento de culpa para trás.