As Dores da África

São diversas crianças esfomeadas a chorarem pelas ruas.

Mães sem leite a dar farelos para os filhos,

Corpos jovens a perderem suas infâncias em minas de cobalto

Para alimentarem o lucro de multinacionais.

África, continente tão rico, tão diverso,

Mas onde a vida dos homens negros foi moída

Pela exploração dos ditos seres civilizados.

A cor da pele, a melanina acentuada

Foi atestado de subumanidade...

Animais a serem escravizados países afora.

O continente mãe da humanidade vive a extrema pobreza

Não por maldição religiosa,

Nem por preguiça do sorridente povo...

Mas muito da riqueza que o planeta usufrui,

Petróleo, ouro, diamante,

Carrega o suor e o cansaço de uma gente

Que por gerações sofreu com

Os podres poderes de portugueses,

Ingleses, belgas e franceses.

Carregam a péssima memória

De serem a periferia do capitalismo

A produzir riquezas que os caucasianos

Parasitas não cessam de sugar.

A civilidade, a riqueza que a Europa vive

Carrega o lamento dos homens

Que tiveram suas vidas e dignidades desgraçadas

Na brutalidade do colonialismo.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 03/01/2023
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