Dedicatória
Praguejo os enredos naturalizados
Desses "infortúnios" vasos rotos
Do tempo que pinga os poucos
E do vivo que clama aos mortos
Para que retire daqui os pecados
Que ontem era nomeados sagrados
Imploro ao nó firme da forca
Que me liberte da corrente frouxa
Com sangue e prata banhada
De regras que planta, colhe, mata
Me tira da mira grave
Dos olhos que tudo vê
Da boca que tudo crer
Das mãos que fere e arde
Te invade, se supõe terna
Traja coroas dos donos da terra
Mata os deuses e os enterra
Recria humanos de conto de fadas
Me fure os olhos
Me falte o fôlego
Mas não me deixe só
Com esse povo do bem
Que por de trás do espelho
Mantém mais um refém.