SEMPRE OCULTEI

Eu não me lamento

Dos poemas que não divulguei,

Das paixões que adiei

E não declarei.

Dos sentimentos lindos

Que senti e sonhei,

Contudo, sempre ocultei

E na memória guardei.

Os desejos não visíveis

Que nunca revelei,

Todavia aprazíveis,

Que ao lembrar da frissons.

Não por indiferença

Nem por frigidez,

Mas por ser fiel ao amor

Que sempre acreditei.

Por achá-lo relevante

No plano espiritual adiante,

Após vencer os obstáculos

Da imperfeição.