O Baile
O Espírito que é sábio
No carnaval da ilusão
Usa a máscara mais feia
No palco da encarnação.
Assim o faz humildemente
Ocultando a sua grandeza
Mas sua atitude o denuncia
Oh que feérica beleza!
E as ofensas que lhe atiram
O preconceito da platéia
Jamais o ferem e também ri
De sua máscara tão feia...
O tempo o carro caminhando
Para o porvir o fim comum
O sábio Espírito que ama
Conquista a todos um a um.
Sem asas vive a volitar
A caridade é a sua alma
Dança perfeita e solidária
Toda a platéia bate palmas!
E ele inscreve para sempre
O próprio nome na História
O seu exemplo o seu legado
Ouro que brilha na memória.
E ao morrer se vai feliz
Por dar ao povo uma lição
Que não há máscara medonha
Que oculte um nobre coração.