O Sindicalista

No inferno chamado capitalismo criam o ápice

Da exploração humana, marca da astúcia burguesa:

O conceito da divisão patrão x trabalhador,

Obra prima de sentenças em que os níqueis

Avolumam nos bolsos de quem não trabalha.

Cansativo é o trabalhar! E como incomoda

Quando os olhos presenciam injustiças de patrões

Que lançam assédios sobre os empregados.

Com egos sem dignidade põem o trabalhador

Sempre a suar na precarização do salário e outros direitos.

Te odeio, indiferença! E tenho gritos de indignação

Perante o linguajar da ganância,

Diante da lógica do proletário vencido.

Não suporto o calar retumbante perante velhacos,

Nada de ser manso cordeiro no palco da trapaça.

Mesmo com riscos sentidos na própria pele...

Demissão, dependência de salário,

Sou resistente, rebelde, cabeça pulsante na práxis.

E é intensa a vontade nestes dias inglórios

De torcer os lençóis impuros da mais valia.

Nada de presenciar tudo de braços cruzados.

Quando o horror laboral surge,

A língua aguça palavreado para conscientizar colegas das injustiças,

Faço denúncia anônima das irregularidades vividas,

Mobilizo o sindicato, tenho ações em silêncio.

Ajo, tomo partido para dilapidar a rocha bruta

Cujo resultado é a desigualdade social...

A escravidão formalizada da classe trabalhadora.

Um incômodo grilhão para a vida plena

Que só será quebrado pela união das mãos proletárias.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 30/11/2022
Reeditado em 01/12/2022
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