Conservador, eu sou

Valdir Loureiro

Eu não quero ver terra invadida,

Mesmo que o seu dono esteja morto.

Sou contrário a fazer um aborto:

Quero ver uma criança nascida.

Onde está minha urna conferida,

Comprovando que o meu voto foi certo?

Um banheiro não pode ser aberto

Para que todo gênero faça uso.

Considero, do governo, um abuso

Confiscar o dinheiro da poupança.

Acabar com o direito da herança

É o mesmo que fazer injustiça.

Como pode falar-se na justiça

Que permita assaltar uma pessoa?

Outra ideia que não é nada boa

É descriminalizar a maconha.

Se a pessoa virar uma peçonha,

É capaz de causar males e dor.

Nesse caso, quem vive com amor

Vai penar com desgosto e com vergonha.

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Versos acima: 20 decassílabos ritmados com rimas intercaladas ab-ba-ac-cd-de-ef-fg-gh-hiih (não tendo nenhuma palavra no plural).