Comunismo depois da morte

Valdir Loureiro

Dizem que, sepultando um comunismo,

Sem rezar a missa de Sétimo Dia,

Sem um prazo do seu absentismo,

Para a Morte dar sua garantia,

Ele pula fora da cova fria

E começa de novo a fazer guerra:

Pega gente ainda viva e enterra;

Para cada pessoa, tem três foices;

Com a da Morte, são quatro, para os coices

Nos cristãos que destrói a ferro e fogo.

Tanto é bruto como é bruto o seu jogo

No poder, na política e governança.

Com o demônio, faz pauta e semelhança.

Se não lhe dão a mão e o pé que quer,

Dá o prato, sem pão e sem colher.

Volta o lobo, guardando a ovelha mansa.

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Versos acima: 16 decassílabos ritmados.