Mamom

A perversidade humana,

Vive em mutação,

Ganha novos adeptos,

Muda o rumo,

Nova direção.

Colocam a todos do mesmo barco,

Do mesmo lado,

Tomba a embarcação.

Aqueles que conseguem,

Nadam,

Alguns boiam agarrados aos destroços,

Sem conhecerem de navegação.

É cada um por si,

E Deus?

Observa do céu,

Escolhe alguns por algum motivo,

Deve ter suas razões.

Na ânsia de viver,

Aflora o primitivo,

Humano comendo humano,

Bem alimentados,

São os de maior poder aquisitivo.

Me entrego a morte,

Não sou adepto ao canibalismo.

Mas foi o Soberano que permitiu tudo isso?

Navega por entre as falas de Calvino,

Trabalhe para ser reconhecido,

Pois Deus já possui os escolhidos,

Quem prospera,

Terá o céu como abrigo.

O esgotamento da vida,

Dá origem ao racionalismo,

Perpetua a exploração,

Conquista a carne para alguns,

Enquanto revira o lixo.

Deus está em outras mãos,

Mas o que tem haver com isso?

O poder é o dinheiro,

Mesmo que não o tenha visto.

Aquele que toca,

Se converte.

Grandes templos são erguidos,

Na nuvem,

É o seu lugar,

Quem o sente,

É atendido.

Acolhe aos credores,

Devedores são punidos,

Ao tártaro são enviados,

Ou no Serasa serão inscritos.

Nomeia seus sacerdotes,

Pelo que é oferecido,

Investidores da fé,

Bitcoins serão ungidos.

Ele garante a felicidade,

Limita o que é permitido,

Reforça a autoridade,

E Ostenta aos favorecidos.

Desculpem,

Mas há algo errado?

Em tudo que tenho dito?

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 18/11/2022
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