BAIXAR A ARMA, SUBIR A GUARDA. Paralelo a um comentário de Lualfavênus

BAIXAR A ARMA, SUBIR A GUARDA

Versos: 23 decassílabos.

De: Valdir Loureiro

É preciso baixar a arma, sim,¹

E deixar o gatilho enferrujado.

"o Brasil não é [um] 'campo minado'"²

Nem quer filho com o gênio de Caim.

Meu espírito poético tem vacina

Contra ataque, violência e invasão.

E anseia por uma proteção

A partir da primeira carabina.

Mas assalto na praia e na esquina

"Faz baixar a arma, a cabeça e a moral";*

Deixa um país minado por seu mal;

Não respeita Deus nem Democracia.

Inferniza a alma da Poesia,

Festejando com fogos e risada.

Eu sou contra o terror e a luta armada,³

Contra a ordem que seja vida ou morte.⁴

Quero ter segurança que comporte

Um quartel com a guarda levantada.

Se não for com a Polícia ou a Força Armada,

Uma vítima fica à mercê da Sorte:

Sem saber se ver sua Pátria Amada,

Ou é feito refém que entra no corte,

De arma baixa e sem guarda preparada!

Valdir Loureiro

____________________________

¹²³⁴ termos de concordância com a comentarista.

*curioso contraponto meu.

Versificação acima com 23 decassílabos ritmados sem conter nenhuma palavra no plural.

Para ver o comentário de Lualfavênus no rodapé do meu texto "Direito de esperninhar", clicar abaixo:

https://www.recantodasletras.com.br/poesias/7645548.