CAOS
Vivemos num momento bizarro
Acostumando dia a dia com o fato
Nas ruas o caos se torna o retrato
Em cada rosto se tem um esbarro
Com a cara da verdade nua e crua
Máscaras encobrem uma só realidade
Negligência no íntimo se perpetua
São ações incoerentes da sociedade
A chuva vem e lava suas impurezas
No coração humano nada se consegue
As ferrugens inda oxidam suas certezas
O caos com seu álibi, calado prossegue
Nas ladeiras da intocável impunidade
Apreciam a vida fácil os infratores
Preferem a cúpula, o caos e a insanidade
Nada adianta falar aos seus superiores
O púlpito está infestado de ratazanas
Seus duelos mentais são deprimentes
Não raro, são nessas ações desumanas
Que o caos se atrela a novas vertentes
(Simone Medeiros)