Candidatura apagada
Valdir Loureiro
Eu não sei como pode um candidato
Pretender ganhar uma presidência
De república, se teve a penitência
Do seu crime de roubo e peculato.
Se espalha a mentira ou o boato;
Se não diz o mal que fez, na TV;
Se criou caixa dois, três... e o que
Deixou mais um país endividado.
Se empenhou o recurso arrecadado
E emprestou o dinheiro de um país
A mais um que se salva por um triz
Dos ataques brutais do comunismo.
Se é um chefe de um partidarismo
Que aparece, escondendo o seu malfeito.
Não encontra em seu poste algum defeito
Quando deixa um terreno tão escuro
Que ninguém vê a luz de algum futuro
No seu plano apagado e sem proveito.
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Versificação acima com 18 decassílabos ritmados e rimas interpoladas abba-accd-deef-fg-ghhg.