Vermelho sanguinário
Hendecassílabos ritmados.
De Valdir Loureiro
Depois da Covid, surgiu nova onda
Que me ameaça com outra doença.
Talvez nem um médico saiba como vença
O efeito político da causa hedionda.
É da cor vermelha qual sangue que ronda
A roupa de alguém onde foi derramado;
De onde saiu, lá deixou sepultado
O corpo na cova e, no fundo, a esperança.
Quem sabe confisque imóvel e poupança,
Exclua o direito de ser brasileiro,
Permita a entrada de um nome estrangeiro
E faça pior do que a Covid fez,
Matando de fome um país por mês
E nem um real, deixe para um herdeiro.