Cascavel camalians
No alto daquele cume onde se eleva o véu.
Chocalhos fincados na terra e olhos presos ao céu.
Voeja majestosa emplumada cascavel.
Primeira de seu nome, dona de sua vontade.
Presente vindo da Grécia para a humanidade.
Nasceu miríade e da arte fez-se lar.
Das lentes astrais nem a morte pode escapar.
Exerce teu domínio e devoras a ti mesma.
Guardando os teus dentro de si em antropofagia.
Goteja nas bordas, veneno e declara monarquia.
Poder absoluto, irrevogável potestade.
Das tuas cristalizadas pucumãs brota leite.
Nutre os sonhos dos arautos de tua arte.
Engordas os teus e morrem os meus.
A míngua por todas as partes.