Vox Populi: As tradições que Refazem os Brasis
Estimo teu asco deliberadamente
Sinto muito professor, eu não convenço
Não pertenço as viagens que fazes
Tampouco bebo do cosmopolismo da cidade
Teu jardim de frases soltas e contemporâneas
Sempre visitado a cada cinco minutos
Para ensaiar vantagens em jantares
E performar o intelectual despojado de toda a gente
Parece frustrado entre ossos e notas de dez
Olhos erguidos, meu querido. Eles precisam do teu corpo esguio
Para profanarem suas projeções convictas. És tu, um pequeno espelho
Já se amontoam esperando tua performance naturalizada entre talheres
Mastigo o teu cortejo, engolindo cada falcatrua
Diabetes a cada mordida desta carne sem estima
Aonde está meu colágeno? O desprezo é afrodisíaco
A espera adoece uma gengiva tão adoecida de cortes secos
Financia a tragédia disposta
Insinue a elegância da estética
Se a verdade é inatingível
Você pode molda-la com tua intenção
Masco beijos como um poeta define corpos
Eu conto nomes como contas de rosário
Eu rezo para seringas escondido das crianças
Enquanto houver dramas, haverão ouvidos
A resina dos dentes escorre e encobre monólogos
Eu juro que tentei, morri três vezes por excesso
Tua influência acusou meus olhos de boto
Mas eram alegorias do vampirismo sentimental
O desgosto é o hotel mais caro desse país
Um feitiço cor pus que invade a sala de espera
Não não era um hospital, tampouco uma catedral
Eram ecos de uma arcada dentária impossível...