Notícia do dia...

Consumir-se em consumado fato

Entregar-se ao malfadado no ato

Deixar-se perder por aflição

Faria o que de si não fosse a provisória ilusão?

Vertendo um sangue de outra classe na veia

Fina enfastiada deixa-la-á inda mais paupérrima

Famigerada e açulada sanha subindo

Ruelas trocadas por elevadores e sacadas

Dão cobertura às coberturas

Aos flats engordurados de pó

Empoeirados de fumaça

Enfumaçados de brilho

Em brilhantes bizarrices desatinadas chafurdam

Ao vulgo as pechas da violência emprestam

Não julgo que se pejem, que nada prestam...

Nem justiça alguma os julga – que ainda a comandam

São quem fazem a cegueira dela

E não se ferem com a própria espada

Balança aferindo e conferindo fardos

Esparramados em pó por becos e ruelas

As burras tantas cheias e fartas

A falta do que ter revolta e assalta

A fome besta não matará

Que tem a canga por sobre a cabeça

Outros cantos de outubro ainda virão

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