AGESILAU DE ESPARTA CAP 12
AGESILAU DE ESPARTA 12 – 31 jan 2022
Desse modo, aos aliados confundiu,
dizendo que Esparta mais soldados enviara
e não souberam como o contradizer...
Firmada a trégua, para Esparta enfim partiu,
mas na viagem, as feridas que levara
sangraram muito e quase foi morrer;
por muitos meses demonstrou fraqueza,
que não poderia combater havia certeza
e na sua ausência, os Tebanos alcançaram
várias vitórias e aos Espartanos dominaram.
Muito especial no combate de Tegira,
em que Pelópidas aos Tebanos comandou
depois do qual foi realizada conferência;
cada cidade seus interesses apenas mira
e Epaminondas, que a Tebas representou,
foi escutado com a máxima paciência,
exigindo entre os estados igualdade,
sem predomínio de qualquer cidade;
Agesilau indagou se sua Tebas daria
a independência aos aliados que possuía.
Epaminondas, no mesmo nível, respondeu
se Esparta daria à Lacônia independência
e Agesilau, por uma vez enfurecido,
e a razão da conferência inteira se perdeu;
a paz com Atenas realizou nessa pendência,
mas com Tebas nada mais foi resolvido;
contudo, embora a longa guerra continuasse,
sem que resultado perpétuo se alcançasse,
um dia, enfim, foi assinada a paz,
mas já a hegemonia de Esparta se desfaz.
Só vinte dias após assinarem o tratado,
nova batalha em Leuktra outra vez Tebas venceu,
na qual mil Espartanos pereceram;
Cleombrotos entre os mortos foi contado
e Cleômeno, filho de Sphodrias, também ali morreu;
as testemunhas mais tarde relataram
que foi três vezes na luta derrubado
e que três vezes se havia levantado
para seu rei Cleombrotos proteger,
vindo ambos finalmente a falecer.
Quando a notícia chegou aos Espartanos,
os parentes dos mortos celebraram
pelos que haviam perecido honrosamente;
mas por mais que para nós sejam insanos,
dos sobreviventes os pais se envergonharam,
por não haverem perecido juntamente;
esses que haviam à morte se escapado
foram tidos como tendo desertado
e submetidos então a julgamento,
a lei de Licurgo a exigir seu fim sangrento!