Cinzas pretas

Pelo sal de cada dia

Eu trago o que tiver na mesa

Na vida que tempera a comida

No meio de cada incerteza

Talvez a carne esteja despida

Ou de fome se fez foragida

Seria a aula que chega sem ler

Ou seria as cinzas que tem pra comer ?

Um cigarro, um jornal e a vela acesa

Acende um farol na sua certeza

E a gente tão perto de sobremesa

E acima de nós

a desordem do mundo

Sub-humano

Cutâneo

Pervertido

Vera Mascarenhas
Enviado por Vera Mascarenhas em 29/06/2022
Reeditado em 23/10/2023
Código do texto: T7548695
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