SORRISOS NOMEADOS
SORRISOS NOMEADOS
Nomes desaparecidos no tudo,
Desabitam a corrupção.
A coletividade física do cansaço,
Demonstra a popularidade das ausências.
A circulação do fracasso revolucionário,
Capitaliza o medo estático dos mármores.
Confusões concebidas pela visão,
Tocam a queda.
O abraço migratório,
Suja o alheio.
O nascimento da loucura,
Engole antiguidades.
O vício das perdas,
Aponta certezas.
A demonstração das perguntas inexatas,
Empenha-se na ansiedade.
Desprovida de discursos,
A prostituição se abre.
O obsceno abatimento,
É uma vertigem alucinógena.
O olhar imagético dos ácidos,
Esfuma a respiração.
O colapso do desejo,
Entra pelo sangue.
A alienação dos afetos,
Desfoca avistamentos.
A periferia do mundo,
Tolera espasmos.
O destilar, possuído por mordidas fraternais e pessoais,
No intervalo dos sorrisos,
Eleva lágrimas.
Sofia Meireles.