À beira de precipícios

Nas ruas há o gosto pelo exagero

Sente o humano seu desespero

O gosto é amargo como o fel

Veias sedentas buscando o mel

Nas esquinas rolam-se os dados

Becos lotados, vícios espalhados

Nos bares, agem fora dos trilhos

Nos lares, dormem só seus filhos

Vias públicas ditam seu próprio enredo

A fúria e a euforia exalam o seu medo

Consumidas são as suas fúteis porções

Entorpecendo suas ruas com distrações

Juventude se perdeu de seus princípios

Sobrevivem aos impactos dos malefícios

Cada um por si no vai e vem dos suplícios

Surreal é viver às custas dos seus vícios

Henrico Calil

Henrico Calil
Enviado por Henrico Calil em 26/06/2022
Reeditado em 10/08/2022
Código do texto: T7546558
Classificação de conteúdo: seguro
Copyright © 2022. Todos os direitos reservados.
Você não pode copiar, exibir, distribuir, executar, criar obras derivadas nem fazer uso comercial desta obra sem a devida permissão do autor.