À beira de precipícios
Nas ruas há o gosto pelo exagero
Sente o humano seu desespero
O gosto é amargo como o fel
Veias sedentas buscando o mel
Nas esquinas rolam-se os dados
Becos lotados, vícios espalhados
Nos bares, agem fora dos trilhos
Nos lares, dormem só seus filhos
Vias públicas ditam seu próprio enredo
A fúria e a euforia exalam o seu medo
Consumidas são as suas fúteis porções
Entorpecendo suas ruas com distrações
Juventude se perdeu de seus princípios
Sobrevivem aos impactos dos malefícios
Cada um por si no vai e vem dos suplícios
Surreal é viver às custas dos seus vícios
Henrico Calil