Psicodrama

Na energia o verbo exposto

Abre as cordas, a cela deixa,

Lançando vômitos de queixa

Sobre o divã - flui o desgosto.

Palavras plenas de energia,

Adoece a Alma errante

Necessitada de purgante

Que a fala encerra e lhe alivia.

Vivendo, a Alma valoriza

A vida, ávida lhe come,

No lixo humílima consome,

De relação vital precisa.

A que lhe fere, lhe maltrata

Por causa ainda ignorada.

Oh! Badameira malsinada

Que de sofrer vive e à cata.

Provavelmente por Satã

Do Cão danado a autoria

Que lhe aferrou à companhia

De um desafeto e diazepam.

Uma relação de carne ou não

Ficando… o tempo não deluz

Na mente os atos que são dos

Mortos (?) - jamais no coração!

Povoam a ilha solidários,

Inusitada companhia,

Brindam, a ira, o dia a dia,

Colóquios (quais?) imaginários.