Boneca de trapo
Ouvimos histórias dos nossos antepassados
Onde ser mulher era estar condenada
A ser propriedade, um objeto, uma boneca de trapo
Apesar do tempo, às vezes acho que tudo está parado
Sei que houve mudanças, mas ainda temos que lutar
Que quando o sol nascer, eu possa acreditar
Que eu posso ser o que eu imaginar
A minha cor, eu devo pintar, escolher a vida que eu quero levar
Parece fácil, mas não é
Viver a vida de uma mulher
Sei que posso escolher a música que quero dançar
Mas sempre pisam no meu pé, tentando me parar
E se o meu corpo estiver pesado
O meu cabelo encrespado
As marcas de sol no meu rosto suado
Sofro as consequências do preconceito velado
Lembro muito bem da minha tenra infância
Da minha mãe, eu era a princesa, a mais linda criança
Recebi todos os mimos e cresci com segurança
Não aceito preconceito, sou mulher, sou esperança
Esperança de mudanças, onde o ser mulher, é ser capaz
Que todos tenhamos direitos iguais
Onde o sexo e a cor
Sejam a conjugação do amor