Desespero

Arquétipos,

Simétricos,

De padrões sinestésicos.

A fala que contamina,

Na ausência de dialeto.

Valores são corrompidos,

Caminham sem rumo certo,

Extremos que formam círculos,

Retidão em adultério.

A fome que viraliza,

Para o Sus não há remédios,

Vivemos em teorias,

Na prática,

Nada concreto.

Professores em magia,

Para os gastos,

Há mistério,

Escolas que não ensinam,

Morte certa ao magistério.

Ervas daninhas invadem.

O jardim que foi Brasília,

Partiram o Brasil ao meio,

Como tratado em Tordesilhas,

A esquerda e direita,

Circulam por entre a linha,

E sem equilíbrio,

O centro se apoia,

No poder e tirania.

A guerra teve início,

Ninguém sabe quando termina,

Invadiram com tratores,

Expulsaram os indígenas,

Faísca queima floresta,

E salga,

Carne bovina,

Aguardando a incursão,

Da fome,

De máquinas agrícolas.

Vejo a dor nos olhos da criança,

Que não tem o que comer,

O desespero floresce,

Quem plantou,

Não vai colher.

Encarceram a esperança,

Não há para onde correr,

Se até "Deus" está nas mãos,

De quem Exerce o poder.

Charles Alexandre
Enviado por Charles Alexandre em 15/06/2022
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