NASCIMENTO TRANSBORDANTE

NASCIMENTO TRANSBORDANTE

O nascimento das unicidades visuais,

Umedece ou afoga a infância,

Na luta pela negação ao ato de afundar.

No flutuar do abraço,

O fracasso descansa.

Posses geradas pelo olhar das formas,

Leem as tolices estilísticas.

O repouso cego das grosserias simultâneas do exterior,

Brilha diariamente pelo tudo.

A demasia adolescente,

Brinca de florescer.

O poder imaginativo da individualidade,

Reclui-se do aconchego.

A escapatória da fúria,

Adota a juventude dos estudos.

O comprimir, na beleza das tentativas,

Frustra-se diante do atar,

E do enforcamento.

A contemplação, incomodada pelo alimento,

Define o lugar do transportar.

No voo da estabilidade,

A pontualidade leva todas as condições.

O sempre concebe descobertas precoces,

E treme pela junção das margens.

Aprendiz, o meio anoitecido pelo gelo,

Exercita novidades incorporadas.

A volta do encontro,

Apoia necessidades.

A descida branda dos vícios,

Bebe a fala da ausência parada.

O esfumar do atraso amigável,

Surpreende o tormento sexual da solidão.

O enfrentamento ao amor,

Retorna a uma arcaica lucidez.

A ingenuidade da sabedoria,

Abre-se à força do crescimento.

A estatura das idas,

Cobre os desejos alheios.

O queimar, comparado à claridade do silêncio,

Apropria-se de ensinamentos.

Toques elevados,

Fazem perguntas à inconveniência.

A conversão diminuta do tempo nupcial,

Ama a sequência das cerimônias.

As probabilidades das conjugações,

Fragmentam luzes.

As passagens atravessadas pelos esconderijos,

Fecham alicerces.

Suspenso no ar,

O estabelecimento das atribuições,

Dorme com fome de revolta.

O futuro decide,

Por uma sede plastificada.

As vezes das perdas,

Em intervalos musicais,

Mordem construções vivas.

O instantâneo enxergar,

Observa fragilidades.

O encostar manso da mesmice,

Encobre transbordamentos.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 14/06/2022
Código do texto: T7537972
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