O BRASIL QUE SE PERDE NAS ESQUINAS
Numa noite escura
Despida de estrelas
Ela seguia perdida
Por esquinas da vida
À direita todas as drogas
Eram vendidas a viciados
Que traziam um dinheirinho suado
Resultado de pequenos frutos
À esquerda enfileiravam-se
Corpos nas calçadas
Cobertos por finos agasalhos
Tendo como colchões papelões de geladeiras
No centro circulavam compradores
Prostitutas, gigolôs, michês
E outros tipos de mercadorias baratas
Que perderam o valor quando deixaram de se amar
A noite escura que parecia nua
Agora se cobra de seres famintos
De comida, de amor e cheios de razões...
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25.05.22