O Leão, A Feiticeira e o Armário
Reis magos não acharam a Febem,
Não viram que a Estrela de Belém…
Nasceu sob a marquise, numa esquina.
Estão mais perdidos do que eu,
Mas se dizem íntimos de Deus…
Tocam seu dedo no teto da Capela Sistina.
Como podem? Eu me pergunto.
Juram de mãos e pés juntos…
Que não tem pecado, exalam inocência.
Ninguém assume o B.O,
Estão achando que são o Ló….
Em Gomorra e adjacências.
Se não fossem convenções sociais,
E esses tantos, tantos "ais"...
A ameaça de um inferno suposto.
Seguiriam seus instintos como os cães,
De todas, todas as maçãs…
Que pudessem, sentiriam o gosto.
Fiz as pazes com o diabo,
Depois que ele vendeu alma, chifres e rabo..
Aos "cidadãos de bem".
Estupram virgens, até mesmo as Marias,
Cometem pedofilia…
Até contra os meninos de Belém.
Sujos pacas, auréola opaca.
Asas como dentes da frente com placa…
Pra lá de encardidas.
Orgias em Babilônia e Atenas,
Sua virtude tem duas listras apenas..
Como tênis falso da Adidas.
Hipócritas! Vivem de aparência,
Maquiados de pudor e decência…
Nas esquinas dos desejos ocultos.
É ali em Nárnia que fazem ponto,
Por menos de dez contos…
Revelam-se exímios atores de filmes adultos.
Ah, tá! Moral e bons costumes?
Árbitros de hábitos, "Não beba, não fume!".
Camelo censurando a corcova do dromedário.
Saudação nazista, cristão fã da SS,
Não quer cura pro ódio que adoece…
Sim pro gay, que vive dentro do seu armário.
Fiz as pazes com o diabo,
Depois que ele vendeu alma, chifres e rabo..
Aos "cidadãos de bem".
Estupram virgens, até mesmo as Marias,
Cometem pedofilia…
Até contra os meninos de Belém.