POEMA QUANTIFICADO
POEMA QUANTIFICADO
O quantificar da alegría,
Aproxima-se do transportar,
Para subir em santidade.
O habitar, aberto ao comércio,
Compara-se à unicidade,
Pela entrada da magia.
Dimensões distintas,
Cantam classes.
Cores esculpem,
Números velhos da iluminação.
Dias ditos pela rebeldia,
São facilitados pela igualdade.
Metafórico, o anterior,
E ambíguo das coisas certas,
Estabiliza antecipações.
O avistar dos assuntos,
Floresce em profundidades.
Mítico, o olhar do fogo,
Com o tudo,
Adorna a virgindade das dormências.
A união coletiva do isolamento,
Reina no esquecimento.
A juventude, cíclica,
Enoja a aceleração.
Gritos químicos,
Vendem a servidão.
A gula da sede,
Faminta por cópias,
Alimenta-se com vidros caídos.
Frutífero, o entranhar,
Apressa-se à passividade.
O voo possui prisões,
Exatamente inesperadas.
O repentino começo,
Umedece o definir.
Posições protetoras,
Sangram com elegância.
A tranquilidade adulta,
Soa diante dos passos demonstrativos e encenados.
Contradições, localizadas por partes,
Ficam no já do sempre.
A voz dos poemas,
Silencia o muito.
Sofia Meireles.