MUNDO COMERCIAL

MUNDO COMERCIAL

Comerciais, as aberturas ao tudo diário,

Pontuam dedicatórias.

O isolamento, saboreado pela morte,

Entra, hospedado pelo nada,

E intensificado pelo chegar.

Saídas temporais das idas apressadas,

Transportam o levar,

À direção do voo.

O ainda, atraído pela publicidade cinematográfica,

E sedento por paraísos,

Possui o exalar da liberdade.

Diminutos, os dias do término saudoso,

Prendem ausências nos convívios.

Pedaços saudáveis de prisão,

Organizam metas viajantes.

A pessoalidade da volta incólume,

Há de beber,

O frutífero início.

O ter traz o desde,

A partir de números medidos.

Financeiro, o habitar público e periódico,

Funciona em meios naufragados.

Localizada a negação tátil da claridade,

O querer vivo,

Demonstra o poder do ser.

A unicidade poética,

Indefinida, mas dada à contemplação das formas universais,

Enche-se de noites.

O rumor vago,

Aponta o dinamismo.

Como alternativa reflexiva,

A luz da delicadeza,

Morre tardiamente.

Por dentro do exterior,

A rigidez raciocina profundidades.

Infinita, a sabedoria,

Contém uma paz mastigada.

Os cantos dos encontros,

Acumulam escuridões.

O apenas do sim,

Vale-se dos passos do desvio.

Perguntas armazenadas,

Compram estabilidades.

Embalagens se alimentam da coletividade,

Enquanto a esperança da busca perfumada floresce.

Ferida, a honra nomeia,

A antecipação das lágrimas.

O amor, certeza doce,

Compara-se ao gelo circular do mundo.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 02/05/2022
Código do texto: T7507400
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