MUNDO COMERCIAL
MUNDO COMERCIAL
Comerciais, as aberturas ao tudo diário,
Pontuam dedicatórias.
O isolamento, saboreado pela morte,
Entra, hospedado pelo nada,
E intensificado pelo chegar.
Saídas temporais das idas apressadas,
Transportam o levar,
À direção do voo.
O ainda, atraído pela publicidade cinematográfica,
E sedento por paraísos,
Possui o exalar da liberdade.
Diminutos, os dias do término saudoso,
Prendem ausências nos convívios.
Pedaços saudáveis de prisão,
Organizam metas viajantes.
A pessoalidade da volta incólume,
Há de beber,
O frutífero início.
O ter traz o desde,
A partir de números medidos.
Financeiro, o habitar público e periódico,
Funciona em meios naufragados.
Localizada a negação tátil da claridade,
O querer vivo,
Demonstra o poder do ser.
A unicidade poética,
Indefinida, mas dada à contemplação das formas universais,
Enche-se de noites.
O rumor vago,
Aponta o dinamismo.
Como alternativa reflexiva,
A luz da delicadeza,
Morre tardiamente.
Por dentro do exterior,
A rigidez raciocina profundidades.
Infinita, a sabedoria,
Contém uma paz mastigada.
Os cantos dos encontros,
Acumulam escuridões.
O apenas do sim,
Vale-se dos passos do desvio.
Perguntas armazenadas,
Compram estabilidades.
Embalagens se alimentam da coletividade,
Enquanto a esperança da busca perfumada floresce.
Ferida, a honra nomeia,
A antecipação das lágrimas.
O amor, certeza doce,
Compara-se ao gelo circular do mundo.
Sofia Meireles.