1ª de Maio

É a proliferação da fome e a engorda de 11 novos bilionários.

São mais de 400 mil cadáveres plantados em rápidos funerais

Pela cobiça dos empresários e o genocida Estado.

Terá a classe trabalhadora perdido sua altiva revolta

Contra os despostas do poder? É infindável silêncio?

É confessar conformismo diante do tecnocrata canalha

Que humilhou os filhos dos porteiros?

Os honrados juízes transformaram as leis

Num balcão de negócios para empresários.

O funcionário público teme tercerização,

O salário de fome achata o bolso dos humildes.

Os desempregados correm afoitamente

Para vagas de emprego degradantes.

Pesa o valor da cesta básica, aumentam os lucros dos rentistas.

Pesam os impostos sobre cabeças proletárias,

Isentam os milionários de tributações.

Como carrada de tijolos nas costas dos "oreia seca"

O medo da demissão enquanto bancos

Tem dívidas perdoadas pelos governantes.

O povo não pode ser massa de bolo moldada

Pelas mãos dos inimigos de classe.

Nada de ser dócil rebanho em bocas pequenas

E silenciadas pela desumana burguesia.

Várias vezes as estruturas foram abaladas,

Os alicerces elitistas e algemas desfeitos.

Corroeram leis injustas,

Germinaram novos direitos...

O trabalhador é o motor das ações guerreiras,

O ativo ator e transformador dos palcos da humanidade.

Smartphone, notebook, carro, garfo, facão,

Toda a riqueza do mundo se dá graças aos braços operários.

Em vez de o povo desfilar reto desalento

Em dias de incertezas e desemprego

Enquanto mofa sobre a mesa do poder

A intencional gerencia da fome,

É hora de sacudir as estruturas, ocupar os espaços públicos...

Visitar as praças desertas, guilhotinar as explorações vividas.

Dennis de Oliveira Santos
Enviado por Dennis de Oliveira Santos em 30/04/2022
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