Estrangeiro do Mundo
O absurdo que é viver,
Sendo estrangeiro do mundo,
Buscar sentido à vida,
E a morte acaba com tudo.
E entre passado e futuro,
Acumulamos angústias,
A nostalgia é fuga,
Ópio que tanto procura.
Homem quer se super homem,
Pastores querem ser Deus,
Revolta que me consome,
Má fé se torna apogeu.
Um nó de relações,
Onde ações são consequências,
Ainda discutimos o que é liberdade,
Autoridade usam como auteridade,
O poder é justificativa para existência.
E sem sentido,
As pedras vamos rolando.
Todos os dias,
Vivenciando nossa sina.
E lá no alto
Cremos que o fim está chegando,
A gravidade não permite,
Pedras não chegam lá em cima.
O pedregulho lá em baixo,
Diz que futilidade é vida,
Sísifo foi castigado,
Com a inutilidade da lida.