A luta de todos os dias
Vives a catar os lixos das ruas sujas
Buscando a sua bruta sobrevivência
Tu és guerreiro da luz entre as trevas
Desafiando essa rotina de árdua luta
E não temes o futuro e não há futuro!
Só o trabalho duro num calor infernal
Vives da fé e na luta de todos os dias!
Nos cânticos de clamores e de alegrias
Do José, Pedro, João ou Zé Ninguém!
De Maria, Joana, Alice ou de Socorro!
O sol Amazônico queima a tez morena
Violenta a pele de cabocla fisionomia
E a fome corrói a sua pouca dignidade
Eles só querem ser um cidadão de bem
E não querem viver de favores alheios
Mas sim, de ser respeitados por todos!
Que passam indiferentes as suas dores
Vivendo brutalmente tal absurda vida.
TEXTO DO LIVRO:
ABSTRAÇÃO POÉTICA. 2017.