A luta de todos os dias

Vives a catar os lixos das ruas sujas

Buscando a sua bruta sobrevivência

Tu és guerreiro da luz entre as trevas

Desafiando essa rotina de árdua luta

E não temes o futuro e não há futuro!

Só o trabalho duro num calor infernal

Vives da fé e na luta de todos os dias!

Nos cânticos de clamores e de alegrias

Do José, Pedro, João ou Zé Ninguém!

De Maria, Joana, Alice ou de Socorro!

O sol Amazônico queima a tez morena

Violenta a pele de cabocla fisionomia

E a fome corrói a sua pouca dignidade

Eles só querem ser um cidadão de bem

E não querem viver de favores alheios

Mas sim, de ser respeitados por todos!

Que passam indiferentes as suas dores

Vivendo brutalmente tal absurda vida.

TEXTO DO LIVRO:

ABSTRAÇÃO POÉTICA. 2017.

Déboro Melo
Enviado por Déboro Melo em 16/04/2022
Código do texto: T7496184
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