Anáfora da esperança
Há a esperança que não se guerreie
Que explodam apenas flores
Que freie a estupidez dos homens
Que acelere a chegada das cores
Há esperança que se renove o ar
Que o mar se repouse
Que se mova a mão destra
Que ouse alguém perdoar
Há esperança que o mundo mude
Que se calem as vozes da tirania
Que modere os ataúdes no jardim
Que brote em cada ser a poesia
Há esperança que acabe a guerra
Que alguém enterre os mísseis
Que emperre o gatilho
Que não fuja o filho da terra