Fratura exposta
Para horror dos inconsequentes
Garantiam ser forte a estrutura
O salto, vendiam ser urgente
Até sentirem a dor de uma fratura
Fila para o osso não é do seu mundo?
Reclamar do preço é mimimi?
É... O golpe no “gigante” foi profundo
Com histórias para boi dormir
Empatia nunca foi o forte
No Deus Mercado se fia esta seita
Para os mais fracos a recompensa é morte
Na dor alheia sua desumanidade é satisfeita
E reclamam dos pobres coitados
Veem eles como tenebrosos zumbis
Na rua mudavam de lado
Hoje parece que não tem como fugir
Encher de gase na fratura é estratégia pilantra
Criar mundos paralelos é sua especialidade
E repetir não ter culpa como um mantra
Não vai livrá-los da responsabilidade
Pode vir na dor de um ente querido
Não adianta fingir: sua consciência te estuda
Ela te dirá “ouça o que eu digo:
Não seria possível sem a sua ajuda”
Impossível pensar só no umbigo
Rasgando o tecido social o osso desponta
De nada adianta fingir que “não é comigo”
Sua maldade vai mandar a conta