ENTREGA CLANDESTINA
ENTREGA CLANDESTINA
A entrega do brilho,
Habita em pedras.
Cinzas paradas,
Juntas e ruidosas,
Diariamente se olham,
Para iniciarem os alicerces,
Rudes e nobres.
O depois luzidio,
Modifica voltas armadas.
O tato pálido da simplicidade,
Com a vida que espanca e grita,
Cala o apenas.
O tempo lido,
Corresponde-se com o ser,
Detido e difuso,
Por escutas partidas.
Notícias se comunicam,
Com a imensidão,
Aparada pelo que há de variar.
A intensidade sangra,
Machucada por reflexos das impressões,
Distantes e clandestinas.
Sofia Meireles.