ENVIOS ARBITRÁRIOS

ENVIOS ARBITRÁRIOS

Envios, habitantes e monumentais,

Eventuais do nunca,

Dão-se às guerras.

O sangue trava,

A grandeza retirante.

Engolidos, os sons das vozes presas,

Consagram uniões.

A fisiologia da nudez,

Floresce, diminuta,

Em reinos transportados,

Pela subida do voo.

Instrumental e alada,

A invenção se protagoniza.

O uso explode,

No lixo das recordações.

O comprometimento embarca, ensimesmado,

Para a solidão faminta.

Ao constituir independência,

A riqueza do desejo universal,

Enterra-se em passagens tangíveis.

A perseguição ao infinito dos sinais,

Em cada parte do vislumbre,

Orgasticamente, interrompe o toque.

Ideias autoritárias,

Como uma espécie de achado,

Adoecem o convívio ignoto.

O mundo estilístico da loucura,

Capta o alicerce das canções.

A comunicação se suicida,

Diante da opressão.

O amor corresponde,

Ao tremor sublinhado pela contemporaneidade.

O deleite popular da recepção,

Apega-se à economia.

A fala, desmembrada e viril,

Totaliza as folhas da esperança,

Com todos os direitos.

Inata ao desprezo,

A diversidade da felicidade,

Sonha em impor-se à realidade.

Custosa, a pessoalidade,

Apropria-se da arbitrariedade.

Sofia Meireles.

Sofia Meireles
Enviado por Sofia Meireles em 11/03/2022
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