ENVIOS ARBITRÁRIOS
ENVIOS ARBITRÁRIOS
Envios, habitantes e monumentais,
Eventuais do nunca,
Dão-se às guerras.
O sangue trava,
A grandeza retirante.
Engolidos, os sons das vozes presas,
Consagram uniões.
A fisiologia da nudez,
Floresce, diminuta,
Em reinos transportados,
Pela subida do voo.
Instrumental e alada,
A invenção se protagoniza.
O uso explode,
No lixo das recordações.
O comprometimento embarca, ensimesmado,
Para a solidão faminta.
Ao constituir independência,
A riqueza do desejo universal,
Enterra-se em passagens tangíveis.
A perseguição ao infinito dos sinais,
Em cada parte do vislumbre,
Orgasticamente, interrompe o toque.
Ideias autoritárias,
Como uma espécie de achado,
Adoecem o convívio ignoto.
O mundo estilístico da loucura,
Capta o alicerce das canções.
A comunicação se suicida,
Diante da opressão.
O amor corresponde,
Ao tremor sublinhado pela contemporaneidade.
O deleite popular da recepção,
Apega-se à economia.
A fala, desmembrada e viril,
Totaliza as folhas da esperança,
Com todos os direitos.
Inata ao desprezo,
A diversidade da felicidade,
Sonha em impor-se à realidade.
Custosa, a pessoalidade,
Apropria-se da arbitrariedade.
Sofia Meireles.