Incautos da covardia

Pronto o discurso, estarrecedor a empatia em desuso,

Inexistente atitudes, incautos os discípulos da covardia.

Baixa vibração, movimentos vis, agem por debaixo dos panos,

Mentes sórdidas, de repente, no abrir e fechar das cortinas.

Criam e reinventam – Na prática demoníacos planos,

No vislumbre macabro, impondo medo - Descortina.

Dispõe-se e escravizam as frágeis vidas, indiferente tortura,

Complicando a resistência, determinada , desventura.

Das engrenagens enferrujadas do sistema, mal uso,

Implantando na maior parte o caos, veemente discórdia.

Governantes mesquinhos, ganância de poder e ambição,

De boas intenções, o inferno anda cheio, desolação.

Lobos em pele de cordeiro, orquestram – Manipulação,

Ao povo faminto por sobrevivência, nenhuma condição.

Batalhando no amanhecer (a resistência) para saciar a fome,

A cada segundo o estômago reclama, energia consome.

No caminho a total falta de segurança, escuridão,

Às vezes, ou quase sempre no meio do tiroteio.

Por onde anda o Estado? Moradores no entremeio,

Linhas paralelas, visando melhor chance, conexão.

No cotidiano aturdido, sufoco bem na condução,

Ônibus, trem, metrô, ladainha para chegar, baldeação.

Com sacrifício, gasta-se o pouco que se tem, por nada,

De vez em quando, ficando a pé no meio da estrada.

Viver assim, não há menor admiração, indefinido viés,

População vilipendiada em meio ao descaso, pessoas cruéis.

O pobre trabalhador vítima do preconceito e do racismo,

Iludida classe social entranhada a mercê do autoritarismo.

A democracia injustiçada, ameaçada pela ditadura velada,

De muletas até quando caminhará sem ser interpelada?

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Blog Poesia Translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 18/02/2022
Reeditado em 19/02/2022
Código do texto: T7455376
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