Seco

Quisera o homem saber o mistério

Que espalha terror no solo onde pisa

Pois não justifica levar mais a sério

O Santo e o milagre que não se realiza

O sol vem e queima e a seca se espalha

E em pó e fumaça os anos se fazem

Restos de animais e na carne a navalha

Corroendo a mente...sonhos ou miragens

De onde virá todo esse clamor

Essa coisa patética, esperançosa e crônica

Vejo o vôo rasante da ave atônita

Apenas carcaça caça e caçador

Quisera o homem saber o mistério

nessa escuridão onde o sol tanto brilha

Eis que há um paraiso entre o céu e o inferno

Onde o riso e a dor cortam milhas e milhas

Esperando que o céu me de uma explicação

Uma só que fará minha cabeça pender

Por ser tão de sertão no sertão do sertão´

Por não ser tão de tudo ou de tudo tão ser

AH! Deus faça chover!!!

petronio paes frança
Enviado por petronio paes frança em 20/11/2007
Reeditado em 25/08/2011
Código do texto: T745050