The King (num plano diabólico para aniquilar sonhos)
Num tempo de colheitas, ele tentou, mesmo que sem muito sucesso…
Plantar o ódio que até hoje entala o próprio e fútil coração,
Semeando desabafos, implantando fingidos olhos, na busca de destruir.
É o que tentou fazer, entre uma checada e outra no espelho (logicamente)
Escondido se manteve, no mesmo disfarce, durante toda a droga de percurso,
Por meio das mais que altamente blindadas e quase que muito curtidas: indiretas.
Num jogo muito antigo (ainda perverso), de estimular a discórdia, gerando fracasso…
Utilizando-se dos poderes do Castelo, e com o cheiro do queijo, promovendo a sedução,
Enquanto as ratoeiras seguem, ardilosamente ocultas, ansiosas que são pelo ato de mutilar.
E desta forma segue, o maldito, numa tentativa e outra de obter o trono (incansavelmente)
Com fiéis surgindo de vários cantos, à procura do mel produzido pelo poético discurso,
Apenas para descobrirem com o tempo, o perigo existente nas mais que coloridas: palavras.
Palavras que jamais ludibriaram aquele que detesta pretensos reis,
Que sabe que tronos só existem para gerar desigualdades…
Ele, o Anti – King, e quem mais poderia ser?
O humilde (aquele que não se deixa seduzir por discursos enfeitados)
Claucio Ciarlini (2018)