The King (num plano diabólico para aniquilar sonhos)

Num tempo de colheitas, ele tentou, mesmo que sem muito sucesso…

Plantar o ódio que até hoje entala o próprio e fútil coração,

Semeando desabafos, implantando fingidos olhos, na busca de destruir.

É o que tentou fazer, entre uma checada e outra no espelho (logicamente)

Escondido se manteve, no mesmo disfarce, durante toda a droga de percurso,

Por meio das mais que altamente blindadas e quase que muito curtidas: indiretas.

Num jogo muito antigo (ainda perverso), de estimular a discórdia, gerando fracasso…

Utilizando-se dos poderes do Castelo, e com o cheiro do queijo, promovendo a sedução,

Enquanto as ratoeiras seguem, ardilosamente ocultas, ansiosas que são pelo ato de mutilar.

E desta forma segue, o maldito, numa tentativa e outra de obter o trono (incansavelmente)

Com fiéis surgindo de vários cantos, à procura do mel produzido pelo poético discurso,

Apenas para descobrirem com o tempo, o perigo existente nas mais que coloridas: palavras.

Palavras que jamais ludibriaram aquele que detesta pretensos reis,

Que sabe que tronos só existem para gerar desigualdades…

Ele, o Anti – King, e quem mais poderia ser?

O humilde (aquele que não se deixa seduzir por discursos enfeitados)

Claucio Ciarlini (2018)

Claucio Ciarlini
Enviado por Claucio Ciarlini em 11/02/2022
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