The King II (num universo de clichês em vaidade)

As criações que não param de pulular, como se vivas fossem.

Sendo que, iguais a elas (bem ou mal),

Há muitas.

E ele teima a proclamar. Como a grande obra desta vez.

Tão ou mais perfeita que a outra. Enquanto a gente se pergunta,

Há sentido?

Fico assim. Tentando meio que tonto a tatear na tensão de entender.

O porquê de tanta vaidade exposta (e até mesmo cuspida),

Há tantos e tantas.

Num festival de clichês que só não percebe quem ainda não viveu o bastante

Pra notar as intenções. Das ocultas às mais escandalosas e histéricas.

Há solução?

Talvez no desprezo. No descurtir… “Desaceitar”! Longe, bem longe!

Manter-se à distância do risco que é seguir as tuas invenções,

Há muito que tentas, sem muito sucesso, conseguir se disfarçar.

De humilde (aquele que transcende delírios do ego).

Claucio Ciarlini (2016)

Claucio Ciarlini
Enviado por Claucio Ciarlini em 11/02/2022
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