The King II (num universo de clichês em vaidade)
As criações que não param de pulular, como se vivas fossem.
Sendo que, iguais a elas (bem ou mal),
Há muitas.
E ele teima a proclamar. Como a grande obra desta vez.
Tão ou mais perfeita que a outra. Enquanto a gente se pergunta,
Há sentido?
Fico assim. Tentando meio que tonto a tatear na tensão de entender.
O porquê de tanta vaidade exposta (e até mesmo cuspida),
Há tantos e tantas.
Num festival de clichês que só não percebe quem ainda não viveu o bastante
Pra notar as intenções. Das ocultas às mais escandalosas e histéricas.
Há solução?
Talvez no desprezo. No descurtir… “Desaceitar”! Longe, bem longe!
Manter-se à distância do risco que é seguir as tuas invenções,
Há muito que tentas, sem muito sucesso, conseguir se disfarçar.
De humilde (aquele que transcende delírios do ego).
Claucio Ciarlini (2016)