O Homem da Lua
Existe um homem na lua,
Que vezes olha ao céu,
E vê a Terra solitária,
E sente dó.
"Será que Deus, tem algum plano,
Para salvação,
Escrito em algum pedaço,
De papiro ou mesmo papel?"
Lá se alimenta de frutas,
Que fez nascer das sementes,
A solidão não lhe cansa,
Ali tem paz,
É o que basta para viver contente.
Ele vê naves passando ao seu redor,
Querem explorar o exterior,
Enquanto Deus dá sinais,
E a fome destrói,
Alguns irmãos.
E a ganância,
Não desata,
A linha da vida,
Infestada por seus nós.
Ele viu o vírus que se espalha,
De modo consciente,
Esse vírus é do ódio,
Que afirma mentiras,
E mata tanta gente.
Viu a vacina sendo combatida,
Estando desarmada.
Viu defender a família,
Morrer mãe, pai, avós, tios
Quase um chacina,
Morte não sente,
Mas os lucros,
Não podem ter sua reputação abalada.
O poder de compra sumiu,
Trabalhador,
Sem direito a quase nada,
A discriminação que aflora,
Pelo mito,
Por muitos e por ele,
É compartilhada.
Ele,
O lunático,
É a inveja de muitos terráqueos.
Querem migrar para lua,
Se julgam homens de bem,
Mas são a escória da Terra,
Porque o pobre,
Sem dinheiro não vem.
Inconformados com os limites de seu mundo,
Vão destruir tudo ao seu redor,
A lua é próxima,
Se estalam e destroem tudo,
Exploram tudo,
Até tudo,
Virar pó.