Fim da linha
A tua roupa limpa que hoje cheira a gasolina,
As migalhas que tu jogas,
Não define o que se finda,
O futuro a Deus pertence,
E o teu pai se esconde em baixo,
Quem me protege tá lá em cima.
A carne é escassa,
E as panelas estão vazias,
Auxílio não ajuda em nada,
E hoje gás é luxo,
E o botijão fascina.
Graveto para fogueira,
Esquenta o resto,
Ilumina,
O Pasto sempre gigante,
Come bem,
É quem rumina.
Deus ajuda,
Pela ajuda,
De quem divide o pouco,
E sai doando nas esquinas.
Aos que estendem as mãos,
Pedem clemência,
E proteção,
Pelo sustento da família.
Multiplica Senhor,
O pão,
Tira a fome,
Que humilha.
Mancha de sangue a bandeira,
Com o vermelho,
Que abomina,
Espalha a fome e a sede,
E a profecia se concretiza.
A fome do pão tu espalahas,
A sede de água,
Decretas,
A faisca que trouxe das trevas,
Jogou em nossas florestas.
Discípulos são recrutados,
Pela fé,
Idolatria.
Hipócritas lavam as mãos,
E propagam as teorias,
Aqui não há comunhão,
Um tudo em desconstrução,
Jesus com arma na mão,
Fim da linha,
Há saída?
Na fome ele o livrará da morte
e na guerra o livrará
do golpe da espada.
(Jó 5:20)