O morro
No morro as casas se erguem.
Moisaica é a paisagem que tenho,
As cores vivas nos emergem
Até suavizar-mos o cenho.
São casas de paredes persistentes,
Lajes que não vacilam.
Escadões que como serpentes,
Marcam-nos enquanto nos trilham
Uma subida declinante
Ao arauto do descaso.
Sabem das dores incessantes,
Só nos tomam por pouco caso,
Mas ainda triunfante
Me erguerei onde me cavo.