Injustiça

A luz resplandecente,

Tão pouco condizente.

O poder emana, a escrita,

Tempestuosa – Criativa.

Denota consciente a turbidez,

Sozinho, sem a clareza no mundo.

Insígnias em pleno submundo,

Ao fim de toda sensatez.

Erguendo vozes, a valorização,

Construindo pontes – Execução.

Ao compasso, tamanha polidez,

Injustiça, sanha a invalidez.

Bradamos ao planeta, o levante,

Os paradigmas, fortes e avante.

Aniquilando o subúrbio, horrores,

Sucumbindo à inversão de valores.

Novos caminhos, outros mapas,

As perseguições, cara à tapas.

Fomentando outras trilhas,

Gerações, perversa guerrilhas.

Desbravando lutas cotidianas,

Corpos tombados, fila indiana.

No ombro, a carregar cruzes,

Velhos ideais, no fim as luzes.

A cada batalha, luta amanhecer,

De pele preta ou não, resistência.

Dignidade da conquista, o prazer,

Não esmorecer, na resiliência.

Conclamamos o hino, desafio,

Às vezes, a vida segue por um fio.

Corte na carne, na ponta da navalha,

Na obstinação, todo instante valha.

Ao despontar da galhardia, direito,

A sociedade, apenas um cidadão.

Na igualdade não mais o sujeito,

O futuro melhor, a realização.

Céu - Vislumbrando o crescimento,

O brio da justiça o ressarcimento.

No lumiar, sorriso estampado no rosto,

Miragem – O que enxerga é o oposto.

***

Blog Poesia translúcida

Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 19/12/2021
Reeditado em 19/12/2021
Código do texto: T7410765
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