Erva daninha
A violência –
Toma conta do lugar.
Como erva daninha,
Cresce, corta o ar.
Asfixia sem piedade,
Denota a verdade.
Alastra-se a pandemia,
Cravada – Espinha.
Em meio à favela,
Becos e vielas.
Não se engane,
No rastro o asfalto.
Sistema em pane,
Perdeu: Mãos ao alto.
Grito preso na garganta,
Dignidade santa.
Estampidos, os tiros,
A paz, o adeus – Retiro.
Toque de recolher,
Se a bala não te encontrar.
Qual é o melhor lugar?
Impossível de escolher,
De viver, falta o prazer,
No lusco fusco, entreter.
Não existem opções,
Sobrevivemos às situações.
Qual é o teu plano,
As tuas condições?
Passa ano e mais anos,
Nada muda – Cotidiano.
O que gera conflitos,
Na resiliência – Aflitos.
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Blog Poesia translúcida
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