Erva daninha

A violência –

Toma conta do lugar.

Como erva daninha,

Cresce, corta o ar.

Asfixia sem piedade,

Denota a verdade.

Alastra-se a pandemia,

Cravada – Espinha.

Em meio à favela,

Becos e vielas.

Não se engane,

No rastro o asfalto.

Sistema em pane,

Perdeu: Mãos ao alto.

Grito preso na garganta,

Dignidade santa.

Estampidos, os tiros,

A paz, o adeus – Retiro.

Toque de recolher,

Se a bala não te encontrar.

Qual é o melhor lugar?

Impossível de escolher,

De viver, falta o prazer,

No lusco fusco, entreter.

Não existem opções,

Sobrevivemos às situações.

Qual é o teu plano,

As tuas condições?

Passa ano e mais anos,

Nada muda – Cotidiano.

O que gera conflitos,

Na resiliência – Aflitos.

***

Blog Poesia translúcida

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Fabby (ana) Lima
Enviado por Fabby (ana) Lima em 10/12/2021
Código do texto: T7404022
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