Teco e o Boteco
Lá vai dona Lilica para o Boteco,
Ela vai atrás de seu Teco.
Ele bebe até cair,
Ela põe ele para dormir.
Diz que só toma uma taça,
Uma taça da velha e boa cachaça.
Bebe e vive a tropeçar,
Lilica fica com dó e manda buscar.
Ou vai pessoalmente,
O homem para ela é um presente.
Seu Teco era tão trabalhador ,
Inteligente e vencedor.
Para sociedade perdeu o valor.
Começou bebendo de mansinho,
Bebia só um pouquinho.
Gostava de cerveja ou vinho.
De repente uma saborosa caipirinha.
Na casa da mãezinha.
Ele bebia no final de semana,
Bebia tanto que caia da cama.
Agora bebe todo dia,
Bebe a pinga com alegria.
Casou - se com a cachaça,
Bebe tanto que cai na praça.
Dona Lilica trabalha sem pararar,
Pois precisa as contas pagar.
Do marido não tem mais carinho,
Quando procura seu Teço já está no barzinho.
Por isso chora num canto,
Para acalmar seu pranto.
Faz todo tipo de oração,
Para ver se converter amorzão.
Quantas Lilicas passam por essa situação?
Muitas vezes não aceitam procurar solução.
Suas histórias terminam em separação.
Preferem iludidos viver,
São alcolatras e não querem reconhecer.
Cuidado essa doença e mortal!
O alcoolismo não tratado pode ser fatal.
Dona Lilica é diferente,
Uma mulher bem paciente.
Chinga mas não larga seu Teco.
Talvez seja por isso que não sai do Boteco.