A CAVERNA
O homem que dentro fora da caverna
Que tem no centro a caverna
Dentro dele aquieta-se todo tipo de pressa
Em dias que nos falta o abrigo
É melhor chegar mais cedo
Garantir o assento
Para ver a bomba nuclear
Estraçalhar sonhos revestidos de pele
O homem que comemora na taverna
Come e mora na taverna
Dentro dele enferruja-se todo tipo de peça
Em dias de sussurros antes do silêncio
É melhor morrer mais cedo
Antes de saber o segredo
Para não ver o apocalipse
Depois do eclipse tegumentar
Tão visceral, tão vicejante
O homem que se devora na caserna
Em busca das migalhas de glória eterna
Em busca das medalhas de honra ao féretro
Enquanto dentro dele apodrece todo tipo de presa