A CAVERNA

 

O homem que dentro fora da caverna

Que tem no centro a caverna

Dentro dele aquieta-se todo tipo de pressa

 

Em dias que nos falta o abrigo

É melhor chegar mais cedo

Garantir o assento

Para ver a bomba nuclear

Estraçalhar sonhos revestidos de pele

 

O homem que comemora na taverna

Come e mora na taverna

Dentro dele enferruja-se todo tipo de peça

 

Em dias de sussurros antes do silêncio

É melhor morrer mais cedo

Antes de saber o segredo

Para não ver o apocalipse

Depois do eclipse tegumentar

Tão visceral, tão vicejante

 

O homem que se devora na caserna

Em busca das migalhas de glória eterna

Em busca das medalhas de honra ao féretro

Enquanto dentro dele apodrece todo tipo de presa

Cláudio Antonio Mendes
Enviado por Cláudio Antonio Mendes em 05/12/2021
Reeditado em 05/12/2021
Código do texto: T7400538
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